Reforço escolar: ações voltadas às dificuldades pedagógicas

Nenhum aluno gosta de ficar de recuperação. Além de ter de enfrentar um possível rótulo – “criança com dificuldade de aprendizagem” -, os estudantes nessa situação encaram a pressão de serem obrigados a fazer uma única prova, decisiva, para saber se serão aprovados ou não. Hoje, porém, sabe-se que não é recomendável esperar o fim do ano para ajudar os que não têm o desempenho esperado. Isso porque em uma turma sempre existirão diferentes níveis de aprendizagem – e isso não quer dizer que os alunos não tenham capacidade de aprender, apenas que cada um avança com ritmo próprio. À escola cabe, portanto, detectar a diversidade presente nas salas de aula e criar condições para que os conteúdos trabalhados, quando não são bem compreendidos, sejam retomados em classe com novas atividades e estratégias
de ensino.

Esse tema foi abortado pela  edição de setembro de NOVA ESCOLA, que responde a 11 dúvidas que os professores enfrentam sobre o assunto – do diagnóstico à lição de casa. “A recomendação é avançar e retroceder ao mesmo tempo, fazendo com que quem atinge o conhecimento esperado continue aprendendo, enquanto os demais trabalham as dúvidas assim que elas surgirem”, diz Maria Celina Melchior, professora de pós-graduação em Educação e coordenadora pedagógica da Faculdade Novo Hamburgo, na Grande Porto Alegre.

Para saber com que alunos é possível ir adiante e com quais é preciso retomar os conteúdos, é necessário usar bem as ferramentas de avaliação. O diagnóstico inicial, as provas, a observação de sala de aula, as atividades de sondagem, as tarefas de casa e a análise de cadernos e portifólios são alguns dos instrumentos que ajudam a ter um panorama da turma. O que não vale é olhar apenas as notas das provas.

Com os resultados, a Equipe PIBID – EMEF Rui Barbosa orienta e executa atividades diferenciadas e customizadas para cada necessidade. As dificuldades podem ser classificadas de acordo com o conteúdo e a frequência com que aparecem. Isso dará mais clareza em relação aos pontos que devem ser retomados. Quando um ponto não foi entendido pela maioria do grupo, o melhor é procurar com o professor uma abordagem diversificada da usada até então e orientá-lo a retomar o tema com a classe toda. Nesse sentido, a equipe PIBID – EMEF Rui Barbosa planeja juntamente com a professores regente ações didáticas customizadas. Caso a conclusão seja de que a turma apresenta dificuldades diferentes, são formados grupos e oferecidas atividades específicas para cada um. Pode ser também que apenas um aluno esteja com problema em determinado ponto. Nesse sentido, a bolsista o atende em particular: ao aluno é oferecido um conjunto de atividades que podem ser feitas em etapas, inclusive em casa e depois corrigidas pela bolsista.

Também é função da equipe PIBID – EMEF Rui Barbosa ajudar na organização dos agrupamentos de trabalho em sala de aula. Para atender os diversos grupos ao mesmo tempo, o professor regente e parceria com a PIBID – EMEF Rui Barbosa monta o planejamento das aulas, com sequências didáticas ajustadas às necessidades de aprendizagem. O interessante é que a bolsista atue na construção de um banco de atividades variadas, executando-as e arquivando-as para usar quando necessário e contemplar o maior número possível de alunos em outras turmas. Também é importante orientá-lo a alternar o uso de materiais pedagógicos – inclusive também oferecido pelo PIBID.

Nas reuniões PIBID – EMEF Rui Barbosa, estão as necessidade dos alunos e a maneira com que eles serão acompanhados e avaliados para ter a garantia de que possam continuar avançando.

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